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Desenvolvimento das células de Leydig do testículo de camundongo, do período fetal ao adulto (2001)

  • Autores:
  • Autor USP: FARIA, MARIA JOSÉ SPARÇA SALLES DE - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RGM
  • Assunto: GENÉTICA
  • Idioma: Português
  • Resumo: Não se encontrou, na literatura consultada, nenhum estudo sobre o desenvolvimento das células de Leydig (CL) de camundongo abrangendo as idades fetal, neonatal a adulto. Há, portanto, necessidade de elucidar o desenvolvimento das CL nos testículos dessa espécie, levando-se em conta a seqüência cronológica dos fenômenos do ciclo celular normal, incluindo fluição, diferenciação morfológica, proliferação a morte celular, desde o período fetal até a fase adulta. O conhecimento desses mecanismos ajudará a esclarecer os fatores que infuenciam o funcionamento do aparelho reprodutivo masculino, bem como a compreender, com mais clareza, a ontogenia das funções reprodutivas e a relação dessas células com as patologias e seus distúrbios. O desenvolvimento das CL do testículo de camundongo da linhagem Swiss foi caracterizado pela cronologia da diferenciação morfológica das células, examinadas em microscópio eletrônico, durante do período fetal de 14 dias ao adulto de 70 dias. Foram distinguidos quatro estádios consecutivos de desenvolvimento das CL: Fetal, Neonatal, Imatura a Madura. Além desses quatro tipos de células de Leydig, observaram-se, no final do período neonatal, células semelhantes a fibroblastos contendo inclusões lipídicas em seu citoplasma a cuja incidência coincidiu com a aparente diminuição em número da CL Neonatal. Duas hipóteses foram postuladas para explicar o ciclo das células de Leydig durante o desenvolvimento: a) A CL Fetal involui para a forma decélula semelhante a fibroblasto; desta forma, a CL Neonatal seria considerada forma transitória entre ambas. No período pré-púbere do animal, essas células se desdiferenciam em CL Imatura a se proliferam por divisão mitótica para constituir a população de CL Madura; b) A CL Neonatal se degenera a os fibroblastos que compõem a camada externa dos túbulos seminíferos são os prováveis precursores das CL Imatura, as quais, no período pré-púbere, proliferam ) por divisão mitótica, para dar origem à população de CL Madura. A ultra-estrutura frouxamente organizada do retículo endoplasmático liso (REL) do testículo fetal indicou que, provavelmente, uma fonte de colesterol extratesticular é usada como substrato para a produção da testosterona. Em contraste, a ultra-estrutura densamente organizada do REL do testículo adulto indicou que ocorreu síntese local de colesterol para produção de testosterona. A ultra-estrutura também mostrou que a formação dos túbulos seminíferos ocorreu durante o período fetal de 14 a 18 dias e o processo da espermatogênese foi observado no 282 dia pós-natal. A detecção imuno-histoquímica da testosterona nas células de Leydig, pelo método de complexo dina-biotina-peroxidase (ABC), mostrou imunorreação positiva para todas as idades testadas, exceto para o animal recém-nascido; além disso, a síntese de testosterona foi detectada no 141 dia fetal, logo após a diferenciação da célula de Leydig. A morfometria das inclusões lipídicas a dasmitocôndrias foram conduzidas em fotomicrografias de microscopia eletrônica de transmissão, e a área, calculada por um analisador de imagens, mostrou que o volume de inclusão lipídica é diretamente proporcional à capacidade esteroidogênica do testículo, apresentando maior área no período fetal a adulto. A mesma variação ocorreu com a área de mitocôndria, que modifica sua morfologia de acordo com a demanda de síntese de testosterona. O estudo ultraestrutural das inclusões lipídicas demonstrou que, quando a capacidade intramitocondrial de receber lipídio está saturada, o fluxo de transporte é interrompido e o lipídio não utilizado é empacotado, tomando-se uma estrutura de configuração de camadas circulares. Em seguida, a estrutura de lipídio em excesso é liberada para o exterior do citoplasma da célula. A máxima atividade mitótica determinada em cortes semifinos ocorreu aos 21 dias de idade, indicando ) o estabelecimento da população de células de Leydig Madura no testículo. A ultra-estrutura mostrou que, mesmo em divisão celular, as células de Leydig mantêm a morfologia das organelas compatíveis com a atividade esteroidogênica. Células de Leydig apoptóticas foram investigadas pelas características ultraestruturais e também em cortes histológicos, pela metodologia baseada na ligação transferase desoxinucleotidil terminal (TdT) à extremidade 3'-OH exposta no fragmento de DNA apoptótico. Não foi detectada apoptose nas células de Leydig em nenhumperíodo de desenvolvimento. Essa constatação fortalece as hipóteses de que as células de Leydig Fetal remanescentes no testículo neonatal estão associadas aos processos de involução ou degeneração. No entanto, evidenciou-se apoptose em células germinativas
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 22.02.2001

  • Como citar
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    • ABNT

      FARIA, Maria José Sparça Salles de. Desenvolvimento das células de Leydig do testículo de camundongo, do período fetal ao adulto. 2001. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2001. . Acesso em: 24 abr. 2024.
    • APA

      Faria, M. J. S. S. de. (2001). Desenvolvimento das células de Leydig do testículo de camundongo, do período fetal ao adulto (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Faria MJSS de. Desenvolvimento das células de Leydig do testículo de camundongo, do período fetal ao adulto. 2001 ;[citado 2024 abr. 24 ]
    • Vancouver

      Faria MJSS de. Desenvolvimento das células de Leydig do testículo de camundongo, do período fetal ao adulto. 2001 ;[citado 2024 abr. 24 ]

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