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A vivência da hospitalização pela pessoa doente (2001)

  • Autores:
  • Autor USP: BELLATO, ROSENEY - EERP
  • Unidade: EERP
  • Sigla do Departamento: S/D
  • Assunto: ENFERMAGEM
  • Idioma: Português
  • Resumo: No estudo tive por objetivo compreender o significado da vivência da hospitalização para a pessoa que está doente. Percorrer o caminho metodológico me permitiu a interação com sete pessoas doentes, hospitalizadas na clínica médica de um hospital universitário. Entrevistas e observação por mim realizadas, me possibilitaram compreender algumas dimensões dessa vivência pela pessoa doente, chegando às formas espaço, tempo, morte e quotidiano, abordadas a partir de uma perspectiva imaginal e tendo por embasamento teórico-metodológico alguns pressupostos da microssocioantropologia na sua vertente francesa. A imersão no mundo imaginal da pessoa doente hospitalizada me mostrou que o hospital é um espaço não preparado para recebê-la e seu corpo se vê transformado em espaço em espaço de atuação profissional dos membros da equipe de saúde. Quanto ao tempo, este passa a ser marcado, durante o evento da hospitalização, pela cadência das atividades desenvolvidas pelos profissionais que aí atuam, o que retira da pessoa doente sua temporalidade própria. O Hospital se mostrou também, nas imagens trazidas pelas pessoas entrevistadas, como o palco do confronto com a morte, tanto da morte como finitude, como das pequenas mortes vivenciadas por meio das situações limitantes no dia-a-dia da hospitalização. O quotidiano, por sua vez, apresentou-se como o substrato nutridor de novas energias para que a pessoa doente possa enfrentar a angústia e o sofrimento que o estar no hospitalrepresenta, e a perspectiva de a ele retornar é que dá alento para suportá-los. O compartilhar mostrou-se a mim como resíduo, evidenciando que, em meio à racionalidade instrumental com que o hospital procura organizar seu espaço/tempo para atender à doença, emerge uma outra lógica nesse vivenciar a hospitalização pela pessoa doente. Mas, se o hospital lógico que nunca é um prazer. Não é para ser um lugar agradável, como me afirma uma das pessoas doentes ) entrevistadas, ele no entanto, pode se tornar um lugar diferente, de maneira que a dor, o sofrimento e a morte possam ser, se não abolidos, dado que fazem parte da vida, pelo menos amenizados pela consideração, por parte da equipe de saúde, das outras dimensões que compõem a riqueza da condição humana
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 02.04.2001

  • Como citar
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    • ABNT

      BELLATO, Roseney. A vivência da hospitalização pela pessoa doente. 2001. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2001. . Acesso em: 24 abr. 2024.
    • APA

      Bellato, R. (2001). A vivência da hospitalização pela pessoa doente (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Bellato R. A vivência da hospitalização pela pessoa doente. 2001 ;[citado 2024 abr. 24 ]
    • Vancouver

      Bellato R. A vivência da hospitalização pela pessoa doente. 2001 ;[citado 2024 abr. 24 ]

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