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Diversidade do cromossomo Y em populações ameríndias, negróides, caucasóides e asiáticas (2000)

  • Autores:
  • Autor USP: DELFIN, LUIS ALBERTO RODRIGUEZ - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RGM
  • Assunto: GENÉTICA MÉDICA
  • Idioma: Português
  • Resumo: A variabilidade genética do cromossomo Y humano foi examinada com base em oito marcadores : DYS287 (YAP), DYS271, DYS 199, pSRY (mutações de ponto), DYS 19, DYS390, DYS392 e DYS393 (microssatélites). Um total de 394 cromossomos foram examinados,pertencentes a 13 populações humanas de distintos grupos raciais: Africa do Leste (41 indivíduos), Camarões (28), Costa de Marfim (41), Negros do Brasil (39), Zaire (15), Brancos do Brasil (41), França (40), Portugal (20), decendentes deJaponeses do Brasil (14), Caingang (25), Guarani (25), cinco tribos amazônicas (46) e do Peru (25). Definimos um total de 133 haplótipos, a maioria específicos de cada grupo racial: Negróide, 42 de 51 haplótipos não compartilhados;Caucasóide-Asiáticos, 44 de 56 haplótipos; e Ameríndios, 34 de 41 haplótipos. As análises envolveram comparações da diversidade genética estimada a partir da freqüência dos alelos e haplótipos, estatística GST e análise da variância (AMOVA),relações entre haplótipos usando árvores MST, NJ e UPGMA, relações entre populações através de distância genéticas: Da, Ds, DsW, FST, RST e '('delta''mu') POT.2' e tempo de divergência da diversidade haplotípica associada à linhagem com alelo Tnas populações ameríndias. Os principais resultados foram 1) Há alelos e haplótipos foram restritos a cada população e grupo racial, sendo que os alelos mais comuns de cada marcador foram diferentes em cada grupo racial. 2) Existe um maior graudediferenciação entre as populações ameríndias do que entre as outras populações de diferentes áreas geográficas ou grupos raciais.3) As populações negróides e ameríndias apresentam níveis similares de heterozigosidade e de diversidadehaplotípica, mas os valores são menores em relação às populações caucasóides-asiáticas.4) A evolução convergente dos microssatélites afeta principalmente as relações entre os haplótipos (em conseqüência das populações) do que as freqüênciasalelos. ) 5) As árvores NJ e UPGMA construídas a partir das medidas de distância genéticas estimadas a partir das freqüência dos alelos foram similares, enquanto que aquelas construídas com base nas freqüências dos haplótipos foramdiferentes.6) As populações caucasóide-asiáticas foram menos diferenciadas entre si do que as populações ameríndias e negróides. O fluxo gênico entre as diferentes populações caucasóides pode ser uma das principais causas da falta dediferenciação genética entre elas.7) A mistura genética das populações ameríndias com populações caucasóide e negróides não altera as árvores filogenéticas de maneira significativa.8) A inserção e as mutações A'seta'G (DYS271) e A'seta'T(DYS199) definem os principais clusters do cromossomo Y (4-5) das populações humanas, ao passo que agrupamentos menores foram determinados pelos microssatélites.9) Os resultados mostraram mais de um haplótipo fundador do cromossomo Y naspopulações ameríndias, associados- com os. alelos C e Tdo DYS199, sugerindo que a mutação ocorreu provavelmente no haplótipo identificado neste trabalho como 121 (/-/C/A/II/254/128/215/186/). A linhagem dos cromossomos com alelo T apresentamuma maior diversidade com relação à linhagem C. O tempo de divergência da linhagem T foi estimado entre 5.300 a 7.5000 anos.10) A maioria dos haplótipos definidos com a inserção Alu (YAP+) estão relacionados com o haplótipo 67(/+/G/C/C/245/128/203/194/), encontrado em todas as populações negróide e na população Guarani.11) A presença de cromossomos com os alelos YAP+, de 245 pb do DYS392 e heteroduplex IV, VIII e IX em populações Caingang, Guarani e do Peru sugeremistura racial com populações de origem africana. Misturas com populações caucasóides estão relacionados com os haplótipos 8, 14, 17 e 43.Em conjunto, os resultados mostraram o valor dos marcadores de DNA do cromossomo Y para estudos de genéticapopulacional e evolução humana, em ) especial dos ameríndios. Em particular permitem a detecção de haplótipos específicos de diferentes grupos raciais, assim como permitem fazer ilações quanto às suas inter-relações e o processo evolutivos destas populações
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 26.05.2000

  • Como citar
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    • ABNT

      DELFIN, Luis Alberto Rodríguez. Diversidade do cromossomo Y em populações ameríndias, negróides, caucasóides e asiáticas. 2000. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2000. . Acesso em: 20 set. 2024.
    • APA

      Delfin, L. A. R. (2000). Diversidade do cromossomo Y em populações ameríndias, negróides, caucasóides e asiáticas (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Delfin LAR. Diversidade do cromossomo Y em populações ameríndias, negróides, caucasóides e asiáticas. 2000 ;[citado 2024 set. 20 ]
    • Vancouver

      Delfin LAR. Diversidade do cromossomo Y em populações ameríndias, negróides, caucasóides e asiáticas. 2000 ;[citado 2024 set. 20 ]

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