Revascularização coronária percutânea no infarto agudo do miocárdio sem o uso prévio de agentes trombolíticos: análise dos resultados hospitalares no registro CENIC/SBHCI (1999)
- Autores:
- Autor USP: MARIN NETO, JOSE ANTONIO - FMRP
- Unidade: FMRP
- Assuntos: CARDIOPATIAS; MEDICINA INTERNA
- Idioma: Português
- Resumo: A CENIC (Central Nacional de Intervenções Cardiovasculares) recebeu dos seus 153 sócios participantes, o relato de 34,119 procedimentos de revascularização percutâneos, no triênio 1996-98. Destes, 3924 (11,5%) eram relativos a angioplastiascoronárias (ATC) realizadas de forma primária (sem use prévio de trombolíticos) no infarto agudo do miocárdio (IAM), até as suas primeiras 24 horas. De acordo com a indicação do sócio-operador, 1337 (34%) receberam o implante de stents. Os autores analisam comparativamente, neste grupo não selecionado a consecutivo, os resultados hospitalares do implante primário de scents ou ATC com o catéter-balão no IAM. Observarmos o use crescente dos stents, compondo 20% dos procedimentos percutâneos no IAM no ano 1996, até 49%, no ano 1998 (p = 0,0001). Comparativamente com a ATC primária com catéter-balão, os pacientes tratados com stents no IAM, exibiam a presença significativamente maior do sexo masculino (77% vs. 69%, p =0,001), maior incidência de cirurgia de revascularização prévia (6,3% vs. 4,5%, p = 0,01) a eram mais acometidos de infarto de localização anterior (55% vs. 48%, p = 0,009). Da mesma forma, a artéria descendente anterior foi a artéria que mais recebeu scents (55% vs. 48%, p =0,009), assim como os enxertos de veia de safena (3,3% vs. 1,9%, p = 0,001). As lesões selecionadas para os stents exibiam extensão > 10 mm em número maior de pacientes (59% vs. 43%, p =0,0001) mas exibiam menos evidência de trombocoronário (64,5% vs. 72%, p = 0,001). 0 sucesso do procedimento foi mais elevado no grupo que recebeu stents versus ATC primária (97% vs. 84%, p = 0,001), com evidência de menor lesão coronária residual (13% vs. 29%, p = 0,0001). 0 reinfarto foi reduzido com use de stents (2,5% vs. 4%, p = 0,002) mas a necessidade de novos procedimentos de revascularização de emergéncia foi semelhante (1% vs. 1,1%, p = NS). A mortalidade hospitalar total (continuação) também foi menor com aplicação dos stents (3,4% vs. 7,2%, p = 0,0001). Contudo, quando analisamos o óbito de acordo com a classe Killip na admissão hospitalar, observamos que os pacientes em Killip I/II, apresentaram mortalidade semelhante (1,7% vs. 2,8%, p = 0,9). Os pacientes em classe Killip III/IV exibiram cifras de mortalidade significativamente menores quando tratados com stents (19,5% vs. 32,5%, p = 0,02). Os autores concluem que o implante de stents de forma primária no IAM cursa com resultados imediatos superiores quando comparados com a ATC primária, evidenciando cifras de sucesso maiores a redução significativa na ocorrência de complicações maiores, como o reinfarto a mortalidade hospitalar, principalmente em pacientes admitidos a tratados em classe funcional Killip III/IV
- Imprenta:
- Local: Rio de Janeiro
- Data de publicação: 1999
- Fonte:
- Título do periódico: Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva
- Volume/Número/Paginação/Ano: v. 7, n. 2, p. 7-12, 1999
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ABNT
MATTOS, Luiz Alberto et al. Revascularização coronária percutânea no infarto agudo do miocárdio sem o uso prévio de agentes trombolíticos: análise dos resultados hospitalares no registro CENIC/SBHCI. Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva, v. 7, n. 2, p. 7-12, 1999Tradução . . Acesso em: 23 abr. 2024. -
APA
Mattos, L. A., Sousa, A. G. M. R., C. Neto, C., Labrune, A., Alves, C. R., Saad, J., & Marin-Neto, J. A. (1999). Revascularização coronária percutânea no infarto agudo do miocárdio sem o uso prévio de agentes trombolíticos: análise dos resultados hospitalares no registro CENIC/SBHCI. Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva, 7( 2), 7-12. -
NLM
Mattos LA, Sousa AGMR, C. Neto C, Labrune A, Alves CR, Saad J, Marin-Neto JA. Revascularização coronária percutânea no infarto agudo do miocárdio sem o uso prévio de agentes trombolíticos: análise dos resultados hospitalares no registro CENIC/SBHCI. Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva. 1999 ; 7( 2): 7-12.[citado 2024 abr. 23 ] -
Vancouver
Mattos LA, Sousa AGMR, C. Neto C, Labrune A, Alves CR, Saad J, Marin-Neto JA. Revascularização coronária percutânea no infarto agudo do miocárdio sem o uso prévio de agentes trombolíticos: análise dos resultados hospitalares no registro CENIC/SBHCI. Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva. 1999 ; 7( 2): 7-12.[citado 2024 abr. 23 ] - Síndromes isquêmicas miocárdicas instáveis (SIMI) sem supradesnivelamento mantido de ST
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