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A sintaxe das sentenças existenciais do português do Brasil (1999)

  • Authors:
  • Autor USP: VIOTTI, EVANI DE CARVALHO - FFLCH
  • Unidade: FFLCH
  • Sigla do Departamento: FLL
  • Subjects: PORTUGUÊS DO BRASIL; LINGUÍSTICA HISTÓRICA
  • Language: Português
  • Abstract: Esta tese explora a sintaxe das sentenças existenciais do português do Brasil dentro dos moldes do Programa Minimalista (Chomsky, 1995). Em português do Brasil, sentenças existenciais são sentenças construídas com os verbos ter e haver em sua forma impessoal. Várias das peculiaridades sintáticas das sentenças existenciais são tratadas como conseqüência das propriedades lexicais dos verbos com os quais elas são construídas. Contrariamente a várias propostas desenvolvidas no âmbito da teoria gerativa, este trabalho sustenta a hipótese de que os verbos ter e haver são primitivos lexicais, e não construtos sintáticos. 0 estudo enfoca especificamente o verbo ter, uma vez que a maioria das sentenças existenciais do português do Brasil são com ele construídas. A estrutura lexical do verbo ter é analisada sob a ótica do programa do Léxico Gerativo (Pustejovsky, 1995). Apesar de o verbo ter construir sentenças que exibem uma grande variedade de sentidos, e sentenças sintaticamente peculiares, como as sentenças existenciais, esta tese propõe que existe uma única entrada lexical para esse verbo. A possibilidade que ele apresenta de geração de sentenças tão distintas do ponto de vista semântico e sintático explica-se pelo fato de ele ter apenas um esqueleto de estrutura lexical, cujo conteúdo é subespecificado. Dessa forma, as sentenças existenciais são conseqüência direta da subespecificação do núcleo da estrutura de evento do verbo ter. Essa estrutura de evento é divididaem dois subeventos, que estão ligados, respectivamente, a cada um dos argumentos 1ógicos do verbo. Quando o segundo subevento é marcado como o núcleo da estrutura de evento do verbo, o argumento externo é sombreado (ou se torna um argumento default). Em conseqüência, ele pode deixar de ser realizado na sintaxe. Se, eventualmente, ele vier a aparecer na superfície da sentença, ele não vai se realizar em uma posição argumental, mas sim como um adjunto ) à projeção máxima do verbo. 0 tratamento dado ao verbo ter determina, em grande medida, a análise da coda das sentenças existenciais. 0 DP/QP que segue o verbo é considerado como seu complemento, e como sendo marcado com Caso acusativo. Esse DP/QP pode apresentar, em seu interior, adjuntos do nome, e pode, também, ser modificado por sintagmas adjuntos a sua projeção máxima. A coda pode, ainda, ser integrada por um adjunto de vP, que corresponde ao argumento externo do verbo que foi sombreado ou tornado default, e que se interpreta como locativo. Por causa do sombreamento do argumento externo do verbo ter, a posiçãode sujeito das sentenças existenciais aparece vazia. Diferentemente do que tem sido assumido na teoria, a hipótese desenvolvida nesta tese é a de que a posição de Spec TP dessas sentenças não precisa ser projetada, e de que não há necessidade de se postular um expletivo nulo no português do Brasil
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 24.09.1999

  • How to cite
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    • ABNT

      VIOTTI, Evani de Carvalho. A sintaxe das sentenças existenciais do português do Brasil. 1999. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1999. . Acesso em: 23 abr. 2024.
    • APA

      Viotti, E. de C. (1999). A sintaxe das sentenças existenciais do português do Brasil (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Viotti E de C. A sintaxe das sentenças existenciais do português do Brasil. 1999 ;[citado 2024 abr. 23 ]
    • Vancouver

      Viotti E de C. A sintaxe das sentenças existenciais do português do Brasil. 1999 ;[citado 2024 abr. 23 ]


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