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Aspectos geomorfológicos e geoespeleologia do carste da região de Iraquara, centro-norte da Chapada Diamantina, Estado da Bahia (1998)

  • Authors:
  • Autor USP: CRUZ JÚNIOR, FRANCISCO WILLIAM DA - IGC
  • Unidade: IGC
  • Sigla do Departamento: GGG
  • Subjects: ESPELEOLOGIA; GEOMORFOLOGIA
  • Language: Português
  • Abstract: Através de estudos morfológicos e geoespeleológicos são descritas as ocorrências de feições cársticas inseridas em rochas carbonáticas neoproterozóicas do Grupo Una. A área de trabalho localiza-se nas proximidades do Rio Santo Antônio, entre as cidades de Iraquara e Seabra, porção Centro-Norte da região da Chapada Diamantina, Estado da Bahia. O relevo da área é caracterizado por um planalto cárstico com cotas variando entre 600 e 800 m circundado por serras de rochas siliciclásticas que chegam a ultrapassar 1000 m de altitude. A drenagem é caracterizada na maior parte da área pela ausência de uma rede contínua e organizada de canais fluviais, principalmente sobre as rochas carbonáticas. A partir do mapeamento geomorfológico com base em fotografias aéreas 1:25.000 tem-se a configuração da morfologia do relevo, com destaque para a presença de depressões fechadas, vales cársticos, poljes, surgências, vales secos e pontos de absorção do escoamento superficial. As depressões fechadas são analisadas morfometricamente de forma que foi possível concluir um considerável grau de influência de condutos e estruturas geológicas, em diferentes setores da área, na distribuição, forma e tamanho de grupos de depressões. Os principais parâmetros utilizados para postular tais considerações são a densidade, orientação do eixo maior das depressões e razão entre sua largura e comprimento, área planimétrica e perímetro, índice de dolinamento, razão de dolinamento e índice decircularidade. Os sistemas de cavernas Lapa Doce e Lapa da Torrinha tiveram sua iniciação associada a injeção mista com importante fração alogênica em relação a autogênica. Este fato é evidenciado pela superfície carbonática rebaixada em relação as rochas não carbonáticas e pela geometria dos vales cársticos e sua continuidade sobre as rochas não-carbonáticas. O mapeamento morfológico, geoespeleológico e das paleorrotas de fluxo realizado em seis setores do ) Lapa Doce e três setores do Sistema Lapa da Torrinha, com o emprego de plantas, perfis longitudinais e seções transversais, resultou na identificação dos principais padrões morfológicos de condutos. A morfologia em planta associada às paleorrotas de fluxo indicam o padrão geral distributário com predomínio de condutos NW-SE e o paleofluxo para SE. A recarga concentrou-se principalmente nas galerias principais, de onde formaram-se os ramos laterais de condutos em padrão distributário, alça, rede e anastomosados. Em seção transversal, predominam condutos com morfologia elipsoidal e em canyon, onde os processos de incasão pouco atuaram. A hipótese de condicionamento dos condutos por estruturas geológicas foi verificada a partir da comparação da direção entre os segmentos de passagens de cavernas e os traços de fraturas, que ocorrem preferencialmente nos intervalos N40-50W e N70-90W no Sistema Lapa da Torrinha. Com base em histogramas e no teste de correlação estatística Kolgomorov-Smirnov obteve-se acorrelação entre estes parâmetros em dois setores de cavernas. De modo geral, os sistemas acompanham a direção dos planos de de acamamento e a direção inferida do gradiente hidráulico, sendo localmente condicionados por fraturas. A análise morfológica dos condutos e do pacote de sedimentos clásticos que preencheram os condutos em quase toda a sua extensão sugere uma evolução multifásica para os sistemas de cavernas. A evolução é descrita em quatro fases correspondentes a abertura, ampliação, assoreamento e desobstrução de condutos. A fase de abertura inclui a iniciação e desenvolvimento freático de condutos; a fase de ampliação consiste no entalhamento normal de condutos por singênese; a fase de assoreamento é caracterizada por preenchimento sedimentar até o nível do teto dos condutos e modificação por paragênese; por fim, a fase de entupimento envolve a remoção do preencimento sedimentar dos condutos, ) erosão das passagens de cavernas e abertura de passagens menores
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 17.12.1998
  • Acesso à fonte
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    • ABNT

      CRUZ, Francisco W. Aspectos geomorfológicos e geoespeleologia do carste da região de Iraquara, centro-norte da Chapada Diamantina, Estado da Bahia. 1998. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1998. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44134/tde-14102013-105238/. Acesso em: 19 abr. 2024.
    • APA

      Cruz, F. W. (1998). Aspectos geomorfológicos e geoespeleologia do carste da região de Iraquara, centro-norte da Chapada Diamantina, Estado da Bahia (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44134/tde-14102013-105238/
    • NLM

      Cruz FW. Aspectos geomorfológicos e geoespeleologia do carste da região de Iraquara, centro-norte da Chapada Diamantina, Estado da Bahia [Internet]. 1998 ;[citado 2024 abr. 19 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44134/tde-14102013-105238/
    • Vancouver

      Cruz FW. Aspectos geomorfológicos e geoespeleologia do carste da região de Iraquara, centro-norte da Chapada Diamantina, Estado da Bahia [Internet]. 1998 ;[citado 2024 abr. 19 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44134/tde-14102013-105238/


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