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Análise evolutiva do processo de cicatrização em úlceras diabéticas, de pressão e venosas com uso da papaína (1998)

  • Autores:
  • Autor USP: SILVA, LINA MONETTA - EE
  • Unidade: EE
  • Sigla do Departamento: ENC
  • Assunto: ENFERMAGEM (TÉCNICAS)
  • Idioma: Português
  • Resumo: Este estudo teve como objetivos: caracterizar uma amostra de pacientes portadores de Úlcera Diabética (UD), Úlcera de Pressão (UP) e Úlcera Venosa (UV) tratados com solução de papaína; descrever as características destas feridas e analisar comparativamente a sua evolução após o tratamento, considerando as seguintes variáveis: estruturas comprometidas (muscular/óssea), aspecto da lesão (necrose/granulação/epiteliação), dimensões (área/profundidade), tipo de exudato, presença de sinais flogísticos, dor da lesão, durante e entre a realização dos curativos. A amostra constituiu-se de 118 pacientes, sendo 37 do grupo UD, 40 do grupo UP e 41 do grupo UV. Os pacientes selecionados possuíam apenas um dos tipos de úlcera. Foram utilizadas soluções de papaína a 10%, quando havia necrose no leito da ferida e a 2% na presença de tecido viável. todas as feridas foram avaliadas no primeiro, sétimo, décimo quarto, vigésimo primeiro e vigésimo oitavo dias de tratamento. As variáveis qualitativas referentes aos pacientes e às lesões foram analisadas estatisticamente pelo teste Qui-quadrado ou pelo teste exato de Tukey ou de Kruskal-Wallis com teste de Dunn. O nível de significância adotado foi de 5%. Considerando-se o total de pacientes, observou-se predominância do sexo feminino (58,47%), na faixa etária de 60 a 75 anos (46,61%) e média de 62 anos, com Índice de Massa corpórea classificado como aceitável (66,10%). As medicações mais utilizadas pelos pacientes dos trêsgrupos foram: os hipoglicemiantes (37,60%), os antibióticos (16,54%), os hipotensores (15,04%) e os vasodilatadores (11,28%). O diabetes mellitus e a insuficiência venosa crônica, isoladas ou associadas a outras patologias, foram os diagnósticos mais encontrados nos grupos UD e UV. Já o grupo UP caracterizou-se pela presença, principalmente, de pacientes com politraumatismo. Quanto às condições das feridas, antes do tratamento com papaína, a grande maioria delas ) (95,76%) eram lesões classificadas no estágio IV, com tempo de evolução menor ou igual a 6 meses (80,51%); os microorganismos, mais freqüentemente encontrados, em 35 culturas de exudato realizadas (29,66%) das feridas, foram os Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermis e Pseudomonas aeruginosa. As lesões do grupo UP eram as mais profundas (média de 17,31mm); as do grupo UV, as mais superficiais (média de 4,36mm), porém com maior área exposta (média de 4.376,15 'mm POT. 2'); o exudato sero-purulento foi observado em 50,00% dos pacientes e o purulento, em 11,11%, sendo mais freqüente na UP; a queixa de dor no local da lesão esteve mais presente no grupo UV (70,73%). A análise comparativa da evolução das lesões, em 28 dias de tratamento, demonstrou que houve queda progressiva na freqüência de feridas com comprometimento muscular e ósseo, sobretudo, a partir do décimo quarto dia; o tecido necrótico diminuiu, desaparecendo gradativamente, até o vigésimo oitavo dia, enquanto os tecidos degranulação e epitelização aumentaram expressiva e preogressivamente, a partir do sétimo dia, nos três grupos. A exudação predominante nas lesões mudou de sero-purulenta para sero-sanguinolenta; houve redução expressiva da presença de sinais flogísticos, já na primeira semana de tratamento. Quanto à queixa de dor, nenhum paciente do grupo UD a referiu, durante ou entre os curativos, enquanto nos do grupo UV, esta queixa foi mais presente, decrescendo gradativamente até o vigésimo primeiro dia. Quanto às dimensões, os três tipos de lesão apresentaram comportamento involutivo estatisticamente significante, após o sétimo dia, no grupo UV, e a partir do décimo quarto dia, nos grupos UD e UP. A maior redução percentual de média de área foi de 59,08%, no grupo UD, enquanto que a de profundidade atingiu 94,43%, no grupo UV
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 07.07.1998

  • Como citar
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    • ABNT

      MONETTA, Lina. Análise evolutiva do processo de cicatrização em úlceras diabéticas, de pressão e venosas com uso da papaína. 1998. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1998. . Acesso em: 24 abr. 2024.
    • APA

      Monetta, L. (1998). Análise evolutiva do processo de cicatrização em úlceras diabéticas, de pressão e venosas com uso da papaína (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Monetta L. Análise evolutiva do processo de cicatrização em úlceras diabéticas, de pressão e venosas com uso da papaína. 1998 ;[citado 2024 abr. 24 ]
    • Vancouver

      Monetta L. Análise evolutiva do processo de cicatrização em úlceras diabéticas, de pressão e venosas com uso da papaína. 1998 ;[citado 2024 abr. 24 ]

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