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Biologia de Astropecten brasiliensis Muller e Troschel, 1842 e Astropecten cingulatus Sladen, 1889 (Echinodermata: Asteroidea) na região de Cabo Frio, RJ (1998)

  • Autores:
  • Autor USP: VENTURA, CARLOS RENATO REZENDE - IB
  • Unidade: IB
  • Sigla do Departamento: BIZ
  • Assunto: ECHINODERMATA
  • Idioma: Português
  • Resumo: Astropecten brasiliensis e A. cingalatus foram coletadas mensalmente nas isóbatas de 30, 45 e 60 m ao largo da Praia de Maçambaba ('23 GRAUS'S, '45 GRAUS'W). Um arrasto mensal, de duração de 20 minutos, foi realizado em cada uma das isóbatas. Todos os arrastos foram realizados durante o dia, entre 10:00 e 15: horas. A temperatura da água foi obtida para cada profundidade. Os exemplares coletados foram fixados em formol 5% e conservados em álcool 70%. Para a análise da atividade alimentar foram utilizados 289 exemplares de A. brasiliensis coletados de janeiro de 1987 a dezembro de 1988, e 214 exemplares de A. cingulatus amostrados no período de novembro de 1987 a dezembro de 1988. Para a análise do ciclo reprodutivo foram utilizados 113 exemplares de A. brasiliensis coletados de janeiro a dezembro de 1988, e 97 exemplares de A. cingulatus, amostrados no período de novembro de 1987 a dezembro de 1988. No laboratório, os asteróides foram medidos no comprimento, pesados e dissecados. As presas encontradas nos estômagos foram contadas e classificadas. As gônadas e cecos pilóricos dos indivíduos foram retirados e pesados para a obtenção dos índices gonadais (IG) e dos cecos pilóricos (ICP). Os ciclos reprodutivos foram determinados através dos IG e da análise histológica das gônadas. Os parâmetros de crescimento foram estimados a partir das distribuições de freqüências do comprimento dos asteróides coletados durante 1988. Os períodos de maior número de presasingeridas por A. brasiliensis ocorreram de janeiro a abril de 1987 a fevereiro de 1988. Já em A. cingulatus, a maior ingestão de presas ocorreu em dezembro de 1987. O ciclo reprodutivo das duas espécies foi anual. A liberação de gametas ocorreu de novembro para dezembro de 1988 em A. brasiliensis e de maio a setembro de 1988 em A. cingulatus. O exame histológico das gônadas confirmou o ciclo reprodutivo de cada espécie. Em A. brasiliensis, os maiores valores ) do ICP ocorreram entre abril e junho, período em que a massa d'água tropical (Corrente do Brasil) encontrava-se na costa. Foi evidenciada uma relação inversa entre o IG e ICP desta espécie. Em A. cingulatus, o ICP variou pouco ao longo do período e não houve incidências de uma relação inversa entre o IG e o ICP. O pico reprodutivo e a liberação de gametas coincidiram com o período de ressurgência em A. brasiliensis, e ocorreram fora deste período em A. cingulatus. As duas espécies possuem ovócitos pequenos (100 a 150 'mü'm) e, provavelmente, desenvolvem uma larva planctotrófica. Os melhores ajustes para as curvas de crescimento das duas espécies foram obtidos no modelo de crescimento sazonal. O comprimento assintótico (L'INFINITO') e a constante de crescimento (k) estimados foram de 14,0 e 0,75 para A. brasiliensis, e 8,1 e 1,2 para A. cingalatus, respectivamente. A redução da taxa de crescimento de A. brasiliensis ocorreu em agosto, coincidindo com o período de desenvolvimento gonadal e com aressurgência. Em A. cingulatus, a redução da taxa de crescimento ocorreu em outubro, também coincidindo com o período de ressurgência, mas fora do período de desenvolvimento gametogênico. A. brasiliensis atinge a primeira maturidade a partir dos 7 meses (R > 5,5 cm), e A. cingulatus, a partir de 5 meses (R > 3,0 cm) de idade relativa. A longevidade calculada para A. brasiliensis foi de 4 anos e para A. cingulatus de 2,5 anos. Estima-se que, potencialmente, estas espécies sejam capazes de se reproduzir por quatro vezes (A. brasiliensis) e por três vezes (A. cingulatus) ao longo de suas vidas. O recrutamento de A. brasiliensis ocorreu nos meses de janeiro e dezembro de 1988. Não houve um recrutamento evidente de A. cingulatus durante o período estudado. A análise da distribuição geográfica das espécies revela que a região de Cabo Frio é o limite sul de distribuição de A. cingulatus e o limite norte de ) A. brasiliensis. De fato, a primeira possui características reprodutivas tropicais e a segunda, características subtropicais. Provavelmente, estas espécies tiveram diferentes origens geográficas, que estão refletidas nas suas limitações fisiológicas
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 12.02.1998

  • Como citar
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    • ABNT

      VENTURA, Carlos Renato Rezende. Biologia de Astropecten brasiliensis Muller e Troschel, 1842 e Astropecten cingulatus Sladen, 1889 (Echinodermata: Asteroidea) na região de Cabo Frio, RJ. 1998. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1998. . Acesso em: 24 abr. 2024.
    • APA

      Ventura, C. R. R. (1998). Biologia de Astropecten brasiliensis Muller e Troschel, 1842 e Astropecten cingulatus Sladen, 1889 (Echinodermata: Asteroidea) na região de Cabo Frio, RJ (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Ventura CRR. Biologia de Astropecten brasiliensis Muller e Troschel, 1842 e Astropecten cingulatus Sladen, 1889 (Echinodermata: Asteroidea) na região de Cabo Frio, RJ. 1998 ;[citado 2024 abr. 24 ]
    • Vancouver

      Ventura CRR. Biologia de Astropecten brasiliensis Muller e Troschel, 1842 e Astropecten cingulatus Sladen, 1889 (Echinodermata: Asteroidea) na região de Cabo Frio, RJ. 1998 ;[citado 2024 abr. 24 ]

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