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Reatividade da pressão arterial média, freqüência cardíaca e pressão intracraniana de cães a estímulos algesiógenos (1997)

  • Autores:
  • Autor USP: DURIGON, ODETE DE FATIMA SALLAS - IB
  • Unidade: IB
  • Sigla do Departamento: BIF
  • Assunto: FISIOLOGIA ANIMAL
  • Idioma: Português
  • Resumo: O objetivo desta pesquisa foi estudar os ajustes de pressão arterial média (PAM), freqüência cardíaca (FC), pressão intracraniana (PIC) e pressão de perfusão (PPE) em resposta a estímulos algesiógenos em cães submetidos a uma lesão cortical que induz intensa hiperemia e, extensa porção do cérebro. Vinte e um cães de ambos os sexos, raça indefinida, peso entre 10 e 14 kg, anestesiados com halotano a 2% em mistura de 'O IND.2' e 'N IND.2 O' a 50%, forma submetidos aos procedimentos cirúrgicos para introdução de cateteres arterias e venosos, exposição do polo superior da calota craniana para colocação no lado esquerdo de um catater para registro da PIC e no lado direito para aplicação de nitrogênio líquido em área de 2cm de diâmetro durante 8 minutos, a fim de provocar lesão cortical. Registramos a PAM e a PIC por meio de transdutores de pressão Statham e Gould, respectivamente, e a FC era derivada do registro da PAM, havendo-se calculado a pressão de perfusão encefálica (PPE = PAM-PIC). Estudamos o comportamento das variáveis registradas em função da covariável tempo, medindo a PVC, 'satO IND.2', temperatura, 'pO IND.2' e 'pCO IND.2' arteriais, glicemia, 'Na POT.+', 'K POT,+', hemoglobina e hematócrito. Dez cães foram estudados quanto à reatividade à estimulação algesiógena sob efeito dessa condição anestésica, constituindo esse o grupo halotano (GRH), e 11 sob efeito do cloridrato de fentanila ( 10 'mü'/kg i.v. mais 3,5 'mü'i.v. cada 30 minutos), constituindo ogrupo Fentanil (GRF). Os estímulos foram aplicados à falange distal do primeiro dedo das quatro patas durante 30 segundos em condições farmacológicas (com ou sem halotano) que diferiram em cada um dos grupos, exceto nas duas primeiras séries de estimulação (S1 e S2), realizadas para obtenção do padrão de reatividade das variáveis estudadas após estabilização pós-cirúrgica e administração de succinilcolina (1,5 mg/kg i.v., mais 3,3 mg/kg/h e,m solução fisiológica) para imobilização do animal, respectivamente. A lesão era provocada a seguir no GRH e no GRF, após outras duas etapas experimentais, a saber, remoção do halotano e administração do Fentamil, ambas seguidas de nova série de estímulos, S3 e S4, respectivamente. Decorridos 30 minutos da lesão procedia-se à última série de estímulos em ambos os grupos, o STLH (GRH) e o STLF (GRF). A dispersão dos valores iniciais dos parâmetros estudados demandou equiparação dos dados, calculando-se a razão entre o valor registrado após o estímulo e o valor inicial, o que foi possível depois do estudo da distribuição de freqüência dos valores absolutos dos gradientes. Empregamos com esse objetivo análise de variância para múltiplas variáveis (MANOVA) e para única variável (ANOVA) e testes de Duncan para comparação entre as médias das séries e as respectivas significâncias (p<0,05). Os resultados da MANOVA indicaram que o estímulo algesiógeno alterou as variáveis estudadas de modo significativo (F =0 para p< 0,05). O teste ANOVA indicou que a FC e a PAM foram os responsáveis por tal significância e apontou ausência de significância para a PIC. Contudo, comparando-se as médias das diversas séries de estimulação pelo teste de Duncan, a PIC revelou-se alterada de modo significativo (p<0,05), o que indica que o resultado da ANOVA refletiu a influência do resultado das séries de estímulos anteriores à lesão. A comparação entre as médias pelo teste de Duncan para o grupo GRH mostrou que o estímulo algesiógeno não modificou a PAM e a FC após a lesão mas a PIC e a PPE sim, sendo que a PIC aumentou ee a PPE diminuiu em relação aos valores registrados na série controle desse grupo (S2). A comparação entre as médias pelo teste de Duncan para o grupo GRF revelou que PAM, FC e PIC aumentaram significativamente à estimulação após a lesão cortical, enquanto a PPE diminuiu em relação à série controle desse grupo (S4). A comparação entre os grupos GRH e GRF das variáveis estudadas e da PPE mostrou comportamento significantemente diferente à estimulação, havendo aumento de FC e PIC mais no GRH, enquanto a PAM e a PPE aumentaram mais no GRF. Em conjunto, os resultados revelaram alteração das variáveis estudadas em função da estimulação, a qual se manifesta como ajustes hermodinâmicos de alerta, causado pela estimulação. Entretanto, os resultados também mostram diferenças relacionadas com a anestesia, o que é de grande importância para avaliação doalerta em pacientes (ou animais experimentais) anestesiados. Outro fato que aparece conspicuamente em nossos experimentos é que os componentes vegetativos do alerta (mesmo sem despertar) e de comportamentos defensivos (causados normalmente pela estimulação algesiógena) se mantém a despeito da anestesia e são acentuados quando se suspende a anestesia mas se mantém analgesia
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 28.10.1997

  • Como citar
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    • ABNT

      DURIGON, Odete de Fátima Sallas. Reatividade da pressão arterial média, freqüência cardíaca e pressão intracraniana de cães a estímulos algesiógenos. 1997. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1997. . Acesso em: 18 abr. 2024.
    • APA

      Durigon, O. de F. S. (1997). Reatividade da pressão arterial média, freqüência cardíaca e pressão intracraniana de cães a estímulos algesiógenos (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Durigon O de FS. Reatividade da pressão arterial média, freqüência cardíaca e pressão intracraniana de cães a estímulos algesiógenos. 1997 ;[citado 2024 abr. 18 ]
    • Vancouver

      Durigon O de FS. Reatividade da pressão arterial média, freqüência cardíaca e pressão intracraniana de cães a estímulos algesiógenos. 1997 ;[citado 2024 abr. 18 ]


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