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A evolução mineralógica, micromorfológica e química da bauxita e materiais correlatos da região a nordeste de Miraí, Minas Gerais (1987)

  • Authors:
  • Autor USP: LOPES, LUCIANA MARIA - IGC
  • Unidade: IGC
  • Sigla do Departamento: GGG
  • Assunto: MINERALOGIA
  • Language: Português
  • Abstract: Os depósitos de bauxita da região de Miraí, MG, inserem-se entre aqueles que compõem um extenso cinturão aluminoso que se inicia a sudoeste de Cataguases, Minas Gerais, estendendo-se ao nordeste deste Estado. Os depósitos da faixa em questão constituem-se na primeira grande reserva brasileira de minério alumínio desenvolvida sobre uma variedade de rochas metamórficas de alto grau (gnaisses e granulitos) variadamente cataclasadas pré-Cambrianas integrantes do "Complexo Juiz de Fora". Desde que a área pesquisada insere-se numa faixa nordeste de morros meia-laranja em cujos topos ocorre sistematicamente a bauxita, decidiu-se pelo estudo de um morro tipo representativo de seu padrão de ocorrência. No morro escolhido, optou-se pelo estudo de topossequências, desde ao longo das mesmas tem-se demonstrado haver diferenciação nos fenômenos de alteração. A bauxita apresenta-se como fragmentos róseos e avermelhados em sua maioria com estrutura gnáissica conservada, com densidade aparente variando de 1.6 a 2.0 teores médios de 'Al IND.2''O IND.3' da ordem de 42%. Sua mineralogia consta essencialmente de gibbsita e goethita, hematita e quantidades subordinadas de quartzo e caolinita. Tanto na bauxita isalterítica como na isalterita estéril que prevalece nas encostas e baixadas, a estrutura gnáissica foi conservada. São notáveis as pseudomorfoses de gibbsita a partir dos feldspatos, de goethita a partir dos piroxênios e anfibólios e de caolinita derivada da biotita.Na bauxita, a caolinita sofreu uma dessilicificação, ao passo que o quartzo foi em parte dissolvido, o que elevou relativamente os teores de alumínio. Tanto a bauxita isalterítica como a isalterita formaram-se por alitização direta da rocha. Constatou-se, na bauxita, a presença de uma camada na qual houve um expressivo aporte de material aluvionar, propiciando a formação de numerosos cutans do tipo ferri-argilans. Em tal nível houve uma perda das estruturas ) gerando a bauxita aloterítica, que não demonstra mais sua derivação gnáissica, tendo se formado por alitização indireta da rocha. A formação da bauxita deu-se de forma sistemática nos topos e encostas superiores dos morros meia-laranja que compõe o relevo da área. Para que tal ocorresse a topografia e, consequentemente, a drenagem, desempenharam papel decisivo, desde que suplantaram a variada natureza das rochas parentais bandadas e foliadas, convertendo-as num produto final com teores similares de 'Al IND.2''O IND.3'. No entanto, o caráter máfico de determinados níveis parentais conferiu, à bauxita deles derivada, teores médios de 'FeIND.2''O IND.3' da ordem de 18%. Assim sendo, nos topos e encostas superiores formaram-se crostas aluminosas e alumino-ferruginosas (minério) que chegam a ter 8 m de espessura, ao passo que nas encostas e baixadas prevalece material mais argiloso e/ou areno-argiloso (estéril). Na evolução da bauxita no tempo as condições de alteração variaram, gerando perfispolifásicos com bauxita isalterítica (de estrutura conservada) e aloterítica (sem preservação das estruturas). A tendência da fase atual de alteração é o da monossialitização. Ressalta-se a interessante associação da área bauxitizada com movimentos tectônicos recentes (Terciários) e com a ulterior incisão dos rios Pomba e Muriaé que, dissecando seus cursos, erodiram parte da bauxita, ausente nos vales dos rios supramencionados. Afastando-se dos mesmos, ressurgem as áreas bauxitizadas
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 23.12.1987
  • Acesso à fonte
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    • ABNT

      LOPES, Luciana Maria. A evolução mineralógica, micromorfológica e química da bauxita e materiais correlatos da região a nordeste de Miraí, Minas Gerais. 1987. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1987. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44131/tde-15092015-131926/. Acesso em: 24 abr. 2024.
    • APA

      Lopes, L. M. (1987). A evolução mineralógica, micromorfológica e química da bauxita e materiais correlatos da região a nordeste de Miraí, Minas Gerais (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44131/tde-15092015-131926/
    • NLM

      Lopes LM. A evolução mineralógica, micromorfológica e química da bauxita e materiais correlatos da região a nordeste de Miraí, Minas Gerais [Internet]. 1987 ;[citado 2024 abr. 24 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44131/tde-15092015-131926/
    • Vancouver

      Lopes LM. A evolução mineralógica, micromorfológica e química da bauxita e materiais correlatos da região a nordeste de Miraí, Minas Gerais [Internet]. 1987 ;[citado 2024 abr. 24 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44131/tde-15092015-131926/


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